Sob o mote “Como nos podemos fazer próximos?” o Colégio das Caldinhas debateu a questão dos refugiados com a irmã Irene Guia, da Ordem das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Numa altura em que a questão dos refugiados está na ordem do dia, com um apelo direto do Papa Francisco à ação, a iniciativa pretendeu sensibilizar os educadores para um olhar mais humano para estas pessoas que chegam à Europa sem nada.
Para a irmã Irene Guia, que durante vários anos prestou auxílio em campos de refugiados, precisamos de uma resposta rápida e atenta. “Temos que pensar que são pessoas que chegam sem nada. Não fogem porque lhe apetece, mas porque não tem outra escolha. Penso que se todos disponibilizarmos um pouco de nós, podemos fazer a diferença”.
A irmã salientou ainda que é urgente que a Europa dê uma resposta mais célere ao problema. “Neste momento, a comunidade europeia está a dar os primeiros passos, mas o problema já se arrasta desde Janeiro. Sabemos que não é fácil, mas temos de intensificar a nossa ação”.
Sofia Mendes, psicóloga da OFICINA e responsável pelo gabinete social da escola, considera que a conferência da irmã Irene Guia foi uma lufada de ar fresco sobre a questão dos refugiados. “A visão da irmã Irene Guia é uma perspetiva muito próxima dos acontecimentos, de uma pessoa que viveu e compreende as necessidades de um campo de refugiados. É impossível não criarmos empatia com estas pessoas. Penso que o primeiro passo é precisamente este: sensibilizar o outro, provocar empatia com a dor do outro”.